«As águas fazem uma cidade», referia Plínio no séc. I d. C.
Já desde os tempos de ocupação romana, compreendido o atual território de Tábua na civitas de Bobadela, que a água assumiu importância preponderante no desenvolvimento deste território, dando-nos disso prova uma inscrição achada na Póvoa de Midões de alguém endinheirado que terá mandado construir à sua custa, possivelmente, uma fonte pública. Mas também as bacias hidrográficas do Mondego e do Alva apresentam vestígios bastante expressivos da exploração de ouro – as denominadas conheiras, grandes acumulações de seixos que resultavam da lavagem das areias auríferas dos rios, constituindo-se como uma das mais importantes atividades económicas desta altura e que terá permitido o enriquecimento de indivíduos, como terá sido o caso de Caio Cantio Modestino, que à sua custa mandou construir vários templos e disso nos relembrando as duas epigrafes, provavelmente provenientes da civitas de Bobadela, reaproveitadas a quando da construção da Capela de S. Sebastião, Coito, Midões e nela aplicadas lateralmente.
Não poderia, pois, deixar o concelho de Tábua, de estar intimamente ligado a este elemento, evidenciando-se na sua heráldica, onde os rios são indicados a azul e prata. Para além dos rios Mondego e Alva, também o rio Seia e o rio de Cavalos, assim como outras ribeiras que perpassam o concelho, vieram mais tarde a assumir importância vital na economia local, dando possibilidade ao florescimento a várias culturas cerealíferas e incrementando, por exemplo, a atividade do moleiro.
Hoje, os rios oferecem ao concelho não só um legado histórico-cultural, mas também um conjunto de paisagens e locais aprazíveis dos quais podemos usufruir.
Por isso, à água e aos rios, associamos algumas fontes, fontenários e antigos engenhos que constituem por si só, pequenos monumentos que merecem e devem ser visitados.
Rios e quedas de água Rio Mondego: Póvoa de Midões, Ázere, Tábua. Rio Seia: Vila do Mato, união com o Mondego. Rio Alva: Mouronho, praia fluvial da Ronqueira; Meda de Mouros. Rio de Cavalos: Vale de Gaios e Sevilha.
Fontes e fontanários Fonte luminosa, Tábua Arco da Vila, Tábua Fonte das Caretas, Candosa Fonte de Vila Nova de Oliveirinha, Fonte de Oliveira de Fazemão, S. João da Boavista Fonte de Fonte Arcada, Tábua Fonte da Caricha, Midões Fonte do Adro, Midões Bica das águas sulfurosas, Sumes, Midões Fonte do Ameal, Póvoa de Midões Fonte das Murteiras, Póvoa de Midões Chafariz de Pinheiro de Coja Chafariz de Mouronho Chafariz de Ázere Chafariz de Meda de Mouros
Engenhos de água S. João da Boa Vista Vale de Ovelha (Covelo) Jardim de Vila Nova de Oliveirinha Praias fluviais Praia fluvial da Ronqueira, Mouronho
